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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

o guia do mochileiro intergaláctico (I)

m.-a. escreve que se conhece uma cidade pelo céu.
em "férias" (esse espaço entre um trabalho e outro), gosto de olhar céus e ruas em silêncio, como se minha língua - estrangeira, porque fora de onde sou, mesmo no mesmo português - interferisse no espaço e no tempo dos lugares. ouvir, ouvir, falar pouco. e assim deixar entrar os lugares pelas narinas e pela íris e a pele.

e vistas de deus, à noite, cada cidade é uma constelação. pode-se conhecê-las pelos vazios entre uma lâmpada e outro foco qualquer de luz, os excessos de luzes, órion no meio de um breu ou nebulosas metrópoles.

o rio é de ouro quando se sai, à noite.

e tentar relembrar o mapa do brasil decorado na quarta série olhando os recortes pela costa e achar que as nuvens são montanhas ao longe e esperar o chão surgir e buscar pessoinhas ao longe.


deus salve o décimo terceiro e as viagens parceladas.

***
fenômeno o fofo do dahmer: até atualizei, viu?

viram só, crianças, comam muito feijão com arroz senão vão acabar quem nem o meninho que amava batatas fritas!

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