work in progress

Creative Commons License

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

sábado, 12 de abril de 2008

hiroshima, mon amour - marguerite duras



te encontro
me lembro de ti
quem és tu?
tu me matas
tu me fazes bem
como teria duvidado que essa cidade fosse feita à medida do amor?
como teria duvidado que tu fosses feito às minhas medidas?
tu me aprazes. que história. tu me aprazes.

que lentidão súbita
que ternura
tu não podes saber
tu me matas
tu me fazes bem
tenho tempo
te peço
devora-me
deforma-me à feiúra
por que não tu?

marguerite duras

dos impossíveis: ouçam essas linhas ao final desse trecho do filme hiroshima mon amour (alain resnais), aqui, mas em francês. me agrada os sons do tu me tues (tu e matas).
sempre lamentei e regozijei essa intraduzibilidade, desde que a ouvi pela primeira vez.

a tradução da abertura do filme, completa, encontrei
aqui.
e achei a transcrição do que traduzi
aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

suas palavras matam fome, matam sede...