"não", respondo. isso desde que um conhecido meu, filho de advogado e morador da zona sul do rio exemplificou certa vez seu posicionamento político dizendo que vendia poesia na rua. não respondi que meu pai fazia isso no mimeógrafo, em época de trevas.
o que é vender poesia na rua hoje, disputando centavos com quem não come?aliás, defendo sempre os direitos do leitor, como já devo ter escrito por aqui. o primeiro direito é de não ler. essa pseudo literatura-marginal-engajada já parte do princípio de que só a literatura libertará com a sua palavra, como se o terrorismo literário fosse mudar alguma coisa.
terrorismo literário: ato de impor-se ao leitor, impor-se como leitura e como palavra de ordem.
e ainda se fossem buscar uma poesia trabalhada, e não gritar em maiúsculas rebeliões equivocadas. rebelar-se é preciso, sim, mas, ah... é outra história.
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