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domingo, 12 de outubro de 2008

vamos passear no shopping enquanto a crise não vem

frases de emeesseene, twitter, quem sou do orkut tornaram-se a t-shirt dos anos 2000, exercício de definição e/ou busca de uma identificação com o outro (seja por afinidade ou exclusão, o apelo de um contato alheio).

será que vivemos a geração dos carentes? gente que fica feliz com comentários das fotos no flog, réplicas no twitter e janelas pulando no msn. juventude que coloca frases de efeito em uma garrafa virtual, esperando retorno imediato. todas essas redes de exibicionismo público em que olhar e ser olhado tornou-se uma necessidade urgente.

como se fosse preciso falar a todo o momento e definir-se e redefinir-se para marcar a presença no mundo.

estranho observar isso e continuar escrevendo essas linhas. estranho escrever isso e não pedir as contas de todas essas redes (apesar de já ter perdido a paciência com emeesseene e yakult há muito tempo).
"estou no google, logo existo", já disse m.-a. ou googlo, blogo, existo, acho eu.

5 comentários:

Anônimo disse...

sou um cara anonimo, sem muito pra dizer. So', estou com medo de nao existir...

paula disse...

as relações ficam cada vez mais líquidas. e mediadas pelo computador. pelo mercado. é tendência. é triste, mesmo. até fazer amizade hoje em dia é difícil. pra ficar íntima de alguém leva tempo e as pessoas desistem rápido das relações.
a vida nem é mais cor de rosa.

MC disse...

não diria assim... acho que é o contrário, muita gente com urgência de uma amizade frívola, que consiste em um reconhecimento mediado por scraps.
uma carência triste que se conta pelos amigos pipocando no msn ou orkut...
amizade é sempre difícil, mas não sei se isso é negativo quando amigos viraram sinônimo de popularidade.

paula disse...

eu não sei se metade das pessoas que usam orkut têm consciência de que as relações que estabelecem com o outro é virtual, superficial.
eu não sei se elas se importam.
pelo visto, não.
ilusão pensar que alguém teria amizade com a lista inteira do msn,
do orkut, até fora da internet não temos amizade com todos os conhecidos. eu não vejo nenhum mal em ter colegas se essas pessoas não são apenas números e sinônimo de popularidade (eu sei que tem muito disso). enfim.

MC disse...

você tem razão, é verdade.

cada um lida com isso à sua maneira; perfis e nicks são novas identidades pessoais, como conhecidos com quem esbarramos.

o problema é quando isso se torna urgência.

sei lá, escrevi meio que no fluxo de pensamento. precisava reformular isso.