chegando da rua e já buscando ocupar mãos sobre os teclados, percebi tardiamente as bolsas de suor formadas pelo correr do dia e o banho se fazia urgente. o que não evitava as revisões mentais do que estava alhures.
em um gesto mecânico, respirei fundo a umidade da t-shirt, de cheiro arrebatando as narinas.
senti subitamente que conhecia aquele cheiro de outras axilas. em um átimo, um outro tempo invadiu o banheiro pela água confortavelmente fria. um conforto da realidade daquele cheiro tomou todo meu tempo como que prisioneiro, fora de meu alcance, mas ali, visível sobre meus olhos, nos buracos do chuveiro.
o que não evitou que eu continuasse tomando banho enquanto lavasse as calcinhas.
Um comentário:
“gesto” é com “j” agora?
Postar um comentário