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No seu livro de 2008, Contre la bande dessinée, o quadrinista francês Jochen Gerner brinca com os estereótipos em torno dos quadrinhos.
No capítulo sobre educação, ele "propõe" um trabalho: a partir de histórias em quadrinhos, pedir aos alunos de identificar os papéis do homem e da mulher na sociedade.
Outro: propor soluções para as situações de conflito e violência - sem usar violência.
A estratégia é simples: utilizar os quadrinhos - que não são literatura, mas sim uma forma única de expressão que liga texto e imagem, podendo não ter um desses itens - a partir do que realmente é "problemático", e não adaptações bobocas e utópicas.
A pedagogia dos problemas é uma metodologia de base construtivista. A partir de uma situação real ou não, o aluno cria sua própria reflexão sobre o assunto, construindo conhecimento. Trabalhos em grupo, experiências etc.
Em minha crença na educação, meu santo forte é essa metodologia, que motiva porque instiga e que não empurra a idéia pra dentro da cabeça do aluno. É ele que vai tomando a iniciativa e ultrapassando obstáculos.
Mas é claro que é muito mais fácil ditar as regras e varrer as "excessões" para debaixo dos tapetes da censura e grandes obras adaptadas em linguagem tatibitate.
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Pra ler aqui>, aqui<
e aqui também.
UPDATE: A discussão continua. Manoel de Barros (amo!) pode porque é premiado e tem mais de 80. Tem até premiados entre os do Dez, mas eles são muito novinhos e falam palavrão sem poesia.
E só agora achei essa página do Contre...
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