Fiz a rubrica Rua Silva Ramos em homenagem ao quintal que ainda guarda minha infância, a casa da minha vó, dos meus pais, onde cresci. A rua, na verdade, era a Rua General Antonio Rodrigues ou Rua da Padaria Nota Dez, referência antiga, nem a padaria existe mais, do general sei menos. Mas Silva Ramos é o sobrenome de minha mãe e seus cinco irmãos, enfants terribles, adultos professores, pesquisadores e curiosos e que adoram contar histórias.
Fernando, o pior de todos (que fugiu a primeira vez de casa aos três anos), encontrou, uma vez, não lembro mais aonde, uma rua que se chamava Silva Ramos. Não lembro mais se encontrou primeiro a rua, ou a placa, ou fez a placa. Prefiro dizer que ele pegou, assim, uma placa, em uma rua Silva Ramos. E trouxe pra casa. A placa está lá, ainda, na entrada lateral da casa de meus avós. Rua Silva Ramos. O jardim da minha vó, é a rua Silva Ramos, o quintal, pra sempre enorme, infinito, será sempre pra gente uma rua larga, a Rua Silva Ramos. Nossa rua, de nossas histórias, de nossa infância. Também ao pé do muro (tantas vezes derrubado por carros sem freio) e as ruas que saem pelo portão, o morro do Menino de Deus, cujo pé dá na nossa calçada, e a cidade que continua em volta, São Gonçalo.
Foi portanto meu tio Zé quem deu a ideia de reunir nossas contações, a primeira história que ele envia segue, acima.
Foto: Em ambas, estão os seis filhos de Maria Gelsera da Silva Ramos e Antonio de Pádua Ramos, na mesma ordem, só que espelhada.
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