E outra coisa, compara poligamia a infidelidade, sendo que, em sociedades polígamas, há compromisso entre todos os envolvidos no casamento. E essa tal fidelidade é uma noção muito mais ligada aos conceitos de propriedade que a uma evolução ética.
O artigo tá aqui.
Se formos verificar o histórico da sexualidade, dá pra perceber como essa pesquisa é apenas uma tentativa de reforçar a moral ocidental burguesa.
Nos séculos XIX e XX, instituiu-se um discurso disciplinador para suprimir as formas de sexualidade não relacionadas com a reprodução e com o casamento como lugar legítimo da sexualidade. Através desses discursos, multiplicaram-se as condenações judiciárias das perversões menores, anexou-se a irregularidade sexual à doença mental: da infância à velhice foi definida uma norma de desenvolvimento sexual e cuidadosamente caracterizados todos os desvios possíveis; organizaram-se os controles pedagógicos e os tratamentos médicos. Até o século XVIII, o sexo lícito era restrito às relações matrimoniais e carregado de prescrições. Romper as regras do casamento ou procurar prazeres estranhos merecia a condenação moral e jurídica. As práticas sexuais fora do casamento - sexualidade das crianças, homossexuais, perversões, devaneios, obsessões, etc., eram consideradas “contra a natureza”. Os libertinos carregavam o estigma da “loucura moral”, neurose genital, desequilíbrio psicológico, etc. (artigo completo no Scielo)
Como alguém escreveu nos muros parisienses em 1968, "f****-se uns aos outros antes que f**** vocês".
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