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sexta-feira, 7 de maio de 2010

globinho

Dia desses, fazendo passeio kids com duas amigas (exposição do Einstein para teens + McDonalds), espantei-me - ou elas se espantaram primeiro - com minha incapacidade de fazer um barquinho de papel.

- Você nunca teve infância?

Aí lembrei que tive, e que tinha meu avô, que me passava o Globinho aos domingos, e que um dia veio com linhas marcadas para se dobrar e se fazer chapéu de soldado. E que a dobra passava próxima ao Hagar. Não sei, lembro muito do Hagar, que eu não entendia muito. E que eu subi correndo as escadas pro terraço, cantando marcha soldado cabeça de papel...


As mãos lembraram-se de súbito de chapéus e barquinhos. Pena que as pernas ainda não acordaram para as árvores, mas quem sabe, ainda volto a subir nelas?

***

Fiquei muito feliz com essa notícia. Saber que aqueles que leio com tanta frequência, de quem posso até me dizer próxima, vão ocupar as mesmas páginas que me fizeram ler jornal. Ver isso acontecer, dessa geração tomar esse espaço, é lindo. Se não me engano, hoje há outro espaço infantil, o que me dá mais orgulho de saber que os quadrinhos que ocuparão o jornal são aqueles reconhecidamente adultos, antes mesmo de chegarem aos jornais. Pelo menos assim espero.

Parabéns fofo, Arnaldo e Lyra.
Um grande beijo pra Clarinha, minha amiguinha de jardim.

***

Pensando nisso é que entendi a sensação estranha que me deu quando primeiro li a novidade: acho que enfim me dou conta só agora de que cresci... 

Um comentário:

Clara Gomes disse...

Menina, pensei sobre essas coisas também. Uma sensação de "caramba, posso influenciar outras pessoas" e a responsabilidade de fazer isso ser bacana... Nossa, estou muito feliz! Um beijo pra você e obrigada por sempre acreditar nessa artista torta!