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domingo, 3 de julho de 2011

apareceu a margarida

Tempos e tempos sem escrever no blog. Não que eu não esteja escrevendo. Twitter e facebook e papapapás tomaram conta da minha escrita, assim como outros espaços (pela Barba Negra, partilho o trabalho da escrita do site com Lobo e Bruno Dorigatti>> às vezes uma entrevista aqui, um post ali, e escrevi o Web Pop Book, trabalho delicioso).
Além disso, voltei àcad'mia. Doutoranda desde março, com projeto sobre oulipo/oubapo, já disse? Três trabalhos para escrever nesse fim de semestre. De volta à escrita e, como de hábito, jogo por aqui seus restos...

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Nesses dias, em meio ao deserto de Brasília, mastiguei algumas datas que andam voltando em círculos pelo calendário.

Em dez dias, quatro anos de blog. Há seis anos, caminhei pela primeira vez ao lado de DVD, cuja ausência e amizade epistolar provocou ainda mais minha vontade de escrever mais e mais (além da amizade ter virado um belo casamento:) ).

E há seis meses assisti à uma cena fantástica, que gostaria de registrar por aqui.

Por acasos feicebúquicos, soube que haveria a defesa de tese de JC Menu, narrada muito bem nesta magnífica revista. Graças às férias e por causa de DVD, que ainda mora à Paris, estava na área justamente naquela semana. Fui uma das primeiras a chegar no auditório da Sorbonne, preenchido aos poucos por autores e leitores de quadrinhos - alguns reconheci pelos traços, de outros só soube depois, pela Du9. Estava na fileira logo abaixo de Fabrice Neaud, que pintava a cena. À minha frente, o oulipiano Jacques Roubaud, ao lado da esposa, tomava notas com canetas bic coloridas, formando com suas letras um quadro pontilhista do que se desenhava no discurso de JC Menu e banca. E Menu falava dos quadrinhos a partir de si, em primeira pessoa, assunto que pretendo tratar na minha pesquisa. Todos esses autores e assuntos. Uma mise en abîme que fazia um circuito em caracol ali.

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