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domingo, 3 de julho de 2011

obrigada, brasília

Brasília é um espaço em branco entre três poderes.
Brasília é um espaço vazio entre dois polos.
Brasília é um abismo entre dois lagos.
Brasília é luzinhas simetricamente dispostas sobre asfalto. 


Tentativa obviamente frustrada de realizar um gráfico que ilustrasse Brasília
Micro-férias da rotina no Planalto Central. Aproveitando a II Jornada do Romance Gráfico na UNB, rumei para a capital carregando projeto do Doc, Revistas 1000 e telefones e endereços de queridos que conheci na Rio Comicon.

O colóquio foi impressionante. Como tudo foi concentrado em um mesmo lugar, todos assistiam a todos, comungávamos à mesa na hora do almoço e partilhávamos teorias, anedotas e aforismos nos intervalos. Um belo evento, de verdade, com uma acolhida impressionante de toda a equipe de organizadoras: Regina Dalcastagnè, Stella Montalvão, Ludimila Moreira, Laetitia Eble, e todas as outras que nos recepcionaram.

As falas e os debates foram de excelente nível, público e palestrantes revestidos de conhecimentos e arcabouços teóricos diferentes. Aguardemos os textos, que serão publicados em breve na revista online do grupo.

Tive a honra de dividir a mesa com os professores Paulo Ramos, Benjamim Picado e a escritora, pesquisadora e artista plástica Elvira Vigna.
Destaque para a conversa com Laerte, sempre lúcida. E a mesa com o companheiro de alojamento Ricardo Postal (UFPE) e seu trabalho sobre Cachalote; Ciro Marcondes e sua pesquisa sobre a guerra nos quadrinhos (que só agora me dei conta que ele é um dos autores da Raio Laser, talvez a mais lúcida das revistas sobre quadrinhos nacionais. Aliás, sobre Laerte, ver texto dele e do Pedro Brandt).

Os espaços vazios, as restrições de mobilidade, assim como a divisão funcional cartesianamente estudada de Brasília propiciam o aparecimento de artistas de extremo talento. E durante o evento pude conversar rapidamente com Gomez, Sarah, Daniel Carvalho, Evandro Esfolando e ainda Lima e Gabriel da mítica Kingdom Comics, Eduardo Belga.

E depois, uma salva de palmas para os sambróders (ou sambalera, © 2011 by Clara do Prado). O novo estúdio do grupo, reunindo o trio de editores e ainda outros quatro artistas de diferentes linguagens, foi abençoado por Laerte Coutinho na última quinta. O registro ficou por conta de Carol de Goes e Raquel Pellicano, "fotógrafas oficiais" do grupo.


Que inveja de Laerte de salto e meia com desenhinhos. Já falei de minha paixão pelo seus modos antes. Antes, até.

Hóspede dos Gabrieis Goes e Mesquita, ainda tive a oportunidade de conhecer a tradicional festa Play em companhia do Mesquita, LTG, Jessica e Flora (fica que vai ter bis!). A festa de que todos só reclamam mas vão, pontualmente, todas as sextas.

Merci encore a outro Gabriel, o @gabomesquita que me levou para um tour fait divers de Brasília. Desde a praça em que incendiaram o índio, onde ficava a pizzaria dos escândalos colloridos, o edifício em que morou Renato Russo, ao primeiro edifício do plano piloto, com seu discurso crítico mostrando as incoerências que circulam sobre o plano cartesiano.

A todos, grazie mille. Senti-me em casa.

ps: e tantos, tantos outros, não esqueci de vocês não

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