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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

das imagens

"Há imagens demais, mas nenhuma que me atinja" - Roland Barthes, em algum lugar da Câmara Clara
Ora, há quanto tempo, blog, que não te vejo. Rascunhei algumas vezes, mas o tempo, ah, o tempo... Claro, meu ego anda bastante massageado pelos likes e retuítes e esse blog nem era lido, tadinho. O que fazia ele na lista do Inagaki de blogs da semana, eu não sei. Isso estava tão parado...
A @meninxexcentric desse novo google analytics junto ao blog e, quando fui ver... Me vicio em leitores. Bem, é tempo de escrever. Como exercício, então, proponho as quartas-feiras. Prometo. Atualização semanal. Juro [beijando dedos cruzados].

O que mais tem provocado a minha escrita, ultimamente, tem sido as imagens recebidas pela alea das redes sociais. Como essa abaixo. Claro, havia visto a propaganda e não tinha conseguido formular um pensamento até ela ressurgir ali, propagando uma outra ideia.





Como comentei, no caso, para a timeline feicebuquiana:

Na segunda foto, poderia estar escrito assim: "Fui assassinada devido a uma política brutal que criminaliza o usuário, não incentiva o tratamento dos mesmos e ainda alimenta toda uma indústria do crime que se sustenta em sua ilegalidade e na falta de políticas públicas que deem acesso à saúde e educação, deixando sob o controle do tráfico boa parte da população pobre dos grandes centros urbanos."

Já a da Luana Piovani, "você não sabe que só brancos chegam à universidade?"



O engraçado é que tais imagens, aparentemente veiculando discursos contrários, ainda servem a uma mesma ideologia conservadora. 
Apesar de apoiar a descriminalização do usuário, precisamos ainda lutar para outras garantias, como a saúde dos usuários, a desmistificação das drogas, e a discussão realmente ampla em sociedade sobre efeitos tanto do tráfico quanto das potencialidades positivas e negativas que a liberalização do tráfico podem vir a trazer. E são discussões não apenas políticas, mas que devem envolver pesquisadores sérios e competentes, não pensadores de ocasiões, como nós, os leigos, que devemos ler bastante e tentar analisar o que há por detrás dessas imagens. 


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