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terça-feira, 31 de março de 2009

as loucas aventuras de uma consumidora (III)

ou: a novela que te diz o que fazer quando você se sentir lesado.



MC sai cedo do trabalho. Chega antes das 10h no décimo oitavo andar do número 5, rua da Ajuda. É o 31 de março.

É pra Oi? Alguém pergunta. Outro já esperava.
Um funcionário brinca:
- Pra qual empresa você está aqui.
- Oi.
- Oi, tudo bem? Pra qual empresa você está aqui?

Uma funcionária, novinha, comenta que, na véspera, teve gente que esperou das 9 às 15h. As advogadas terceirizadas da Oi, que trabalham diariamente dentro do PROCON, não estavam atendendo ninguém. E não respondiam aos pedidos dos funcionários do PROCON. A justificativa: elas não são funcionárias do PROCON.

Nesse décimo oitavo andar, além de funcionários do Estado, há uma sala onde ficam os campeões de reclamações do PROCON: Light, Itaú, Bradesco, Oi. Há advogados trabalhando pela empresa todos os dias, ali. Só que as advogadas da Oi são terceirizadas, fazem apenas o contato com uma central da empresa.
E estavam de picuinhas com os funcionários do PROCON - a mocinha que me atendeu, nova, começou a apresentar manchas vermelhas pela pele durante as horas que a mariazinha aqui passou por ali: sistema nervoso, me explicou.

O surpervisor do Estado estava indignado com a situação da Oi. Dizia que ou a Oi troca as funcionárias, ou pediria para tirá-las dali. Reclamações de que faziam até unha durante o expediente. Os advogados das outras empresas diziam pra mocinha das manchas vermelhas se acalmar.
Acho que ela deveria procurar um advogado. Ops.

Assim, depois de conversar com diversos outros Oi (é U-ó), chegou minha vez de ser recebida.
A Oi aceitou a contestação, mas entendia que o valor era um "crédito", sendo assim, não recebo nada em dobro.
Mas peraí, perguntei, se eu contratei o plano porque dizia que era de 68 reais após 1 ano (a promoção dizia que seria de 35 por um tempo), e se você me diz agora que o valor era um "desconto", a propaganda era, no mínimo, enganosa.

A funcionária do PROCON concordou comigo. Não aceitei o acordo. Agora, o próximo capítulo será nas pequenas causas.

O "outro núcleo": Na véspera do dia prometido para a instalação, um funcionário da Oi confirmou a tal, e pedi o horário da tarde (trabalhava de manhã) para a consumação do fato. No dia seguinte, saindo do trabalho, vi que havia várias ligações do mesmo número, e quando eu ligava, não completava. Liguei para a Oi para confirmar a vinda do técnico: "Ele já foi, a porta estava fechada, vou fazer uma nova marcaçao com prazo de 48h". Pedi cancelamento, reclamando do abuso dessa espera que iria, já, pra duas semanas. A ligação, claro, caiu.
No dia seguinte, o técnico apareceu, inesperadamente...

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