Quem não tem problemas com trânsito, diga-me onde mora que eu vou pra lá também.
Semana dessas, uns cinco motoristas não pararam onde eu queria descer, e eu - que não sei falar alto - tive que fazer ceninhas para poder fugir dali.
Hoje um tio meu sofreu uma operação séria, duas semanas após ter sido atropelado por um ônibus, quando atravessava a faixa de pedestres e o sinal estava fechado para os carros (às 17h, em frente ao terminal de Niterói).
Foi-se o tempo em que até me divertia com a paisagem e com os caminhos errados. Bem, não vou me repetir.
É tanta falta de clareza de rotas e sinalizações...
Agora, imagine um estrangeiro, que mal fala a língua, tentando descobrir como se faz pra ir do Catete à Rodoviária, qualquer caminho que seja?
O issteichion da mulherzinha do metrô não ajuda em nada, fato.
Da primeira vez em que DVD veio pra cá até agora, tenho me preocupado menos de deixar meu gringo passear sozinho por aí. Agora que ele não é mais tão turista, deixo até passear pela noite carioca.
Antes dele sair, repasso as dicas:
MC: Onde você pede informações?
DVD: No bicho.
MC: Não, na banca de jornal!
DVD: Mas eles sempre me mandam perguntar pro cara lá do bicho!
Ontem levou o professor num barzinho em Copa. Ele ainda pega o metrô, mesmo sendo mais longe porque ainda é difícil descer no ponto certo. A volta teve que ser de van, "porque você diz pro cara onde descer e ele te deixa lá".
Hoje, DVD levou M, seu professor na UFRJ. Antes, eu já havia avisado ao professor que era um "ônibus feroz", o famigerado 485.
Durante o caminho, M repetia: "Mamma mia, mamma mia". DVD, que gosta de aventuras, se divertia com as curvas violentas do piloto. M quase morria do coração.
Ambos acham estranho que o valor da passagem seja tão caro (deve ser porque o seguro de vida está incluído - e o risco é alto) e não haja nenhum programa em que o preço seja reduzido com uma compra maior de passagens.
"E aquele cartão - me pergunta DVD -, não é mais prático?"
Bem, aí contei o dia em que meu cartão passou do número máximo de passagens e quase que eu tive de voltar a pé para casa, em SGonçalo, sem dinheiro, sem celular pra chamar a mãe e sem orelhão na Leopoldina, depois de um dia cheio de trabalho (mais um episódio de "Tadinha de Mim", como diz a Clarinha)
DVD ama o Rio e um dia quer até morar aqui. Mas ele concorda comigo, que, em termos de transportes públicos, siamo tutti nella merda.
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