Não adianta. Ele não vai te obedecer. Não adianta chamar pelo nome, ele te ignora completamente, e corre para a terra, jogando areia para o alto, separando as pedrinhas para outro canto.
Beni tem três anos e só fala o que quer, com quem quer, uma língua lá dele. E desenha compulsivamente, a folha de papel, o chão, as paredes, suas pernas, suas mãos, seu rosto.
Na escola, já foram algumas vezes em que subiu em cima da mesa, colocou o pintinho pra fora e mijou, rindo, para delírio dos coleguinhas da creche, que sempre aplaudem, entusiasmados.
Quero ser que nem Beni quando crescer.
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Voltei à Rua Silva Ramos, voltei de súbito, assim, do nada, voltei e o jardim amarelava de florzinhas e mangas-rosa caídas.
Um comentário:
Todos nós queremos.
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