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segunda-feira, 24 de maio de 2010

generalidades

Mamãe implicou com meus fantasmas, principalmente meu ensaio n. 2.
Texto lésbico demais.
Ora bolas, mãe. Eu não quero escrever texto de mulherzinha, quero escrever que nem macho.
Impossível não escrever mulherzinha sem não tropeçar em Clarices e Anas Cristinas.
E que se danem os gêneros. Cansada de ter que me posicionar mulher, até no que escrevo. Ou ser apenas uma coisa.

Em um debate na turma, um aluno muito querido defendia a proibição do véu, tema que já discuti aqui. "O véu é um símbolo muito forte, da mulher objeto". Concordo plenamente, mas a mulher ocidental, sem véu e de manguinhas de fora, ainda apanha, ainda ganha menos, ainda não é eleita, ainda não goza.

É uma carga muito forte definir-se homem ou mulher. É assumir ou submeter-se a ideologias.

Por isso amo o neutro e aplaudo aqueles que optam pelo indecidível do gênero.
Por isso, quando escrever, prefiro buscar traços diferentes de gênero, buscar o ambíguo. É sempre um ensaio.
Por isso, adorei saber por mamãe que ela detestou meu texto "lésbico"...

Um comentário:

Anônimo disse...

Antigamente tinha so' um gênero que eu chamei de mulhomem.

Atenciosamente
Socrates